Capa de invisibilidade, varinha mágica, caneca de cerveja que nunca fica vazia. Esses são alguns objetos do Harry Potter que me faziam querer viver no mundo de Hogwarts. Mas tem outro pertence usado pelo bruxinho que fazia meus olhos brilharem: A Penseira.

A Penseira é uma bacia de ferro enorme onde os bruxos colocam memórias e pensamentos. É uma forma de rever algo que aconteceu com mais clareza e distanciamento e ainda de examinar e classificar pensamentos e ideias.Um modo de “desanuviar a cabeça”, como diria minha avó.
Pois bem…. Sem possibilidade de ter esse sonho de consumo e precisando organizar o turbilhão de pensamentos que tenho, fui atrás de ferramentas que tivessem esse mesmo poder de clarear minhas ideias. Foi assim que descobri os Mapas Mentais!
O Mapa Mental, ou MindMap, é uma técnica de organizar ideias visualmente. Ele é usado para ajudar a tomar decisões, resolver problemas, visualizar e memorizar melhor seus projetos. É hoje minha salvação!

Como funciona
Existem diferentes formas de se fazer um MindMap, incluindo cores, figuras, emojis, fotos, anexos, números, tipos de linhas, círculos, quadrados… Mas todos eles têm um fio condutor comum.
- Inicialmente, a gente coloca no centro a questão ou projeto que quer trabalhar. Geralmente esse título é colocado dentro de uma elipse.
- Em seguida, puxe uma linha desse centro e no final dela você coloca uma ou duas palavras que estejam relacionada ao seu assunto principal.
- Depois analise essa palavra e puxe mais linhas a partir dela que estejam relacionadas àquele tópico do seu assunto principal.
- Crie mais linhas e ramificações com o que vier a sua cabeça.
- De preferência use cores diferentes pra cada linha e, se possível, figuras. O objetivo é criar hierarquia e relações entre as ideias que forem surgindo a partir do seu centro.

Um exemplo: Na minha dissertação de mestrado eu coloquei o tema no meio, depois puxei linhas para os conceitos que teria que abordar. A partir das linhas dos conceitos, puxei outras ramificações para os autores que teria que usa. Depois pintei as linhas com cores diferentes, cada uma simbolizando um capitulo onde aquele assunto iria entrar.
No fim tinha um belo desenho do que seria minha dissertação e puder trabalhar com mais objetividade.
Aplicativos
Antigamente eu fazia tudo na mão, mas hoje existem aplicativos maravilhosos, que facilitam ainda mais a montagem do seu MindMap. Eu sou apaixonada pelo Coogle. Todos meus projetos, esboço de livro, esqueleto de cursos e palestras vão pra lá. Mas existem outros, como MindJet e MindMeister que são bem avaliados.
Melhores que blocos de nota
Pesquisam mostram que nossa memória e aprendizado funcionam melhor quando usamos mais elementos do que apenas as palavras. Os Mapas Mentais exigem mais engajamento na hora de criar e geralmente incluem imagens, números e diferentes cores.
Ao montar o esqueleto do seu MindMap você consegue visualizar fragilidades. Basta ver as áreas que estão escassas. Também permite que você vá se aprofundando e criando significados mais densos em cada uma das ramificações.

É um jeito intuitivo de organizar informação, uma vez que busca semelhanças com a forma que a gente pensa. Ele cria ideias a partir de outras preexistentes de forma ramificada, ao invés de linear.
Eu uso mapa mental pra tudo na vida e me ajuda bastante. Com o problema da Penseira resolvido, agora só me falta arranjar a capa da invisibilidade, a varinha mágica e a caneca que nunca esvazia!