“Você PRECISA ter um computador”. Essa foi a frase que premiado escritor norte-americano Wendell Berry ouviu várias vezes de amigos, editores e familiares. Todos insistiram que ele deveria ser mais moderno, ganhar velocidade, ser mais produtivo, eficiente e até mais descolado trabalhando com um computador.
Wendell Berry sempre escreveu com papel e lápis. Fazia rascunhos e depois pedia para a mulher dele analisar e revisar. Na época em que foi bombardeado com essas afirmações, ele não só não comprou nenhum computador, quanto escreveu um livrinho lindo chamado “Por que eu não vou comprar um computador“.

O texto é de 1987, mas poderia ter sido escrito hoje e é cada vez mais necessário neste mundo louco em que vivemos. Foi um livro que comprei numa viagem e nunca mais desgrudei. Olha o resumo!
Os motivos e dicas de Wendell Berry
Entre as justificativas de não sair comprando algo novo, o escritor começou questionando porque gastar uma grana preta com algo novo se o antigo lhe servia tão bem. Não era nem economicamente ou ambientalmente sustentável. Também questionava as propagandas que seduziam as pessoas afirmando que todos os problemas dela estariam resolvidos comprando mais um produto.
Além da questão financeira, ele dizia que quem vendia esses produtos afirmava que inovar passa por descartar o “modelo antigo”. O modelo antigo, no caso dele, envolvia a esposa, já que era ela quem revisava e passava a limpos seus textos.

Para quem também busca deixar menos impacto no mundo e não ser refém do consumismo, Wendell deu como diretrizes do que pensar antes de trocar algo. Olha algumas das regras dele:
- A nova ferramenta deve ser mais barata do que a anterior;
- Deve ser menor que a anterior e fazer um serviço melhor;
- Deve consumir menos energia;
- Deve poder ser reparada o mais próximo de casa possível por alguém de inteligência mediana;
- Deve poder ser comprado de pequenos negócios;
- Não deve substituir ou corromper nada bom que já existe, e isso inclui família e comunidade.
Esse livrinho tem me ajudado a me manter num caminho menos consumista e mais pé no chão. E tem me mostrado como ser mais moderninha, afinal… Como disse o próprio Wendell Berry, ele não era antiquado coisa nenhuma. Pelo contrário! Ele era inovador. Se usar um computador é uma nova ideia, uma ideia mais nova ainda é não usar.
Se é moderno zanzar em shoppings e comprar meio mundo de tranqueiras online, sejamos mais inovadores ao buscar uma vida com sentido e menos entulho e coisas inúteis acumulando dentro de casa. É liberdade, gente! Lembra que quando você pode acabar virando escravo das coisas que tem.
Que tal aproveitar a quarentena para se desafazer do que não cabe mais na sua vida?
Venha para o time dos Descobridores!
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2 comentários
Muit8 bom! Desapegar na quarentena é muito bom, mas fazer isso com a consciência dos efeitos que vamos gerar, é melhor ainda. Assim, redescobrimos e transformamos o velho, e nos abrimos para o novo sem muita culpa também.
Exato. Muda tudo, Júlio!