Escrevo esse post com as mãos repletas de pingo de tinta. E me dá um orgulho danado vê-las assim. Eu procurava algo parecido há milênios!!! Sempre fui apaixonada por arte urbana e queria saber o básico. Daí quando vi o cartaz oferecendo aulas de grafite para mulheres, meu coração vibrou.
O curso de grafite que participei foi dado pela Michelle Cunha, a MIC. Ela já é uma grafiteira conhecida em Brasília, criadora das corujinhas mais lindas que você vê espalhada pelas ruas da capital.
A Mic já deu esse curso várias vezes em diferentes espaços de Brasília e do Pará, cidade natal dela. A ideia é incentivar outras mulheres a ocupar os espaços públicos com sua arte. Não importa a idade!!!

As aulas dela são dadas num fim de semana, de 9h até sabe Deus que horas. Só saímos quando todas completam seus trabalhos. Tanto no sábado quanto no domingo. Desta vez, o local escolhido foi no Espaço Cultural Dance Mais, na 707 norte.
Quanto custam as aulas de grafite
O valor do curso, com material básico incluído, custou 250 reais. Achei bem justo. Ela pede que a gente leve máscaras, lenços ou qualquer paninho que você consiga amarrar no rosto para não ficar respirando tinta. Também pede garrafinhas plásticas para misturar as tintas, luvas (se você não quiser sujar as mãos) e roupas velhas.

Já aviso para você separar uma grana extra para mais latinhas. No sábado fiquei tão empolgada, que eu e outras meninas saímos da aula direto para uma loja especializada comprar mais latinhas. Queríamos umas cores bem específicas para usar no mural principal. Cada uma gastou em média 50 reais. A gente foi na loja do Breu.
Como são as aulas de grafite
Ela divide as aulas de uma forma bem didática. Primeiro, sentamos todas juntas e ela foi explicando cada um dos sprays, dos bicos/caps, das técnicas, da história do grafite.
Em seguida, vamos treinando nossas tags, que é o nosso “nome de guerra”. Depois disso, hora de ir pra rua. É muuuuito legal. Porque começamos com o básico. Fazendo linhas, círculos, triângulos… treinando de longe, de perto. Diferentes bicos.
Ainda no primeiro dia, fizemos um mural simples com letras. Voltamos para sala de aula e planejamos nosso mural. Cada menina fez o seu num papel manteiga para juntar os desenhos depois e vermos o que funcionava melhor.
No segundo dia, hora de colocar a mão na massa. Limpamos a parede, fizemos uma base preta e cada uma, com suas devidas latas, foi para parede. Modéstia à parte, o resulto foi um belíssimo painel.
É para iniciantes e iniciados
Gente. Eu não sei desenhar quase nada. Juro. Tanto que fui receosa para aula e cheguei a perguntar para a Michele se eu conseguiria acompanhar a turma. Entrei no meu insta e mandei uma mensagem pra ela contando meu drama. Ela me encorajou e fui.
Olha… as aulas são tão gostosas, tão acolhedoras, tão leves que baixou o santo em mim e no fim do segundo dia não me contentei com o mural e saí rabiscando capivaras voadoras e monstrinhos amarelos ali ao lado da coruja da Mic.

As próximas turmas
A Sônia, dona do espaço de dança, e a Michelle já estão organizando outras turmas. A ideia é colocar mais meninas na rua para grafitar sua visão de mundo em paredes, murais e sei lá mais onde a imaginação deixar. Para falar com ela, clique aqui.
Bora pra rua, mulherada! Meu muito obrigada a essas mulheres incríveis que me acompanhar nessa jornada. Sun, Taj, Deca, Shimin, Tay, Maab, Nina, Gnhn, Muzi, Sheila, Hina, Deb e alguma outra que não consegui entender a tag… hehehehe

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2 comentários
Gratidão pelo texto! Você retratou bem o espírito da Oficina e do Grafitti na vida das mulheres e na ocupação de espaços públicos!!!
Sônia!!!! Que retorno bacana! Foi um prazer estar com mulheres tão maravilhosas descobrindo arte urbana e nos descobrindo também. : )