Texto sobre a Cachoeira do Tororó por Bárbara Lins e Liandra Martinelli
Se você está procurando uma cachoeira perto de Brasília, de graça e bonitona… Achou! A Cachoeira do Totoró fica em Santa Maria, a 30 quilômetros da rodoviária do Plano Piloto. Foi descoberta na 1892 com a Missão Cruls e até hoje arrebata o coração de quem vai!!!

Ela fica dentro do Parque Distrital do Tororó e tem 18 metros de queda d’água. Não tem um poço para nadar não, mas ficar embaixo da queda d’água recarregando as baterias… vale demais! Mas se você fizer questão de poço, tem outras sugestões aqui no blog.
A trilha para chegar na cachoeira está bem marcada e é de fácil a moderada. Bom para quem quer uma cachoeira perto de Brasília que dê para levar idosos e crianças. O percurso tem 2 quilômetros e meio, leva cerca de 30 minutos e vai margeando o rio. O cenário é lindo!!!!!

Como chegar na cachoeira do Tororó
Para chegar lá tem que pegar a pista que vai para Unaí, a pista da Marinha, e um trecho curto de estrada de terra. Vou colocar o localizador lá no fim do post para você usar o waze ou o google maps e não se perder. São cerca de 35 minutos de carro.
Apesar de não pagar para entrar na Cachoeira do Tororó, tem que pagar estacionamento. A diária custa 10 reais para carro e 5 reais para moto.
Também tem como ir de ônibus! Pega o 170.4 saindo da rodoviária. Desembarca depois de 9 paradas. Anda pela rodovia no sentido dos carros e entra na terceira estrada de terra à esquerda. Até o estacionamento da Cachoeira são uns 10 minutos andando.

Como é uma Cachoeiro de fácil acesso, gratuita e bonitona, ela enche no fim de semana. Mesmo não conheço ninguém que tenha tido qualquer problema lá, é bom ir acompanhado.
Como é ir para Cachoeira do Tororó
Já pensou tirar um dia de folga durante a semana e se dar de presente um tempo em meio à natureza??? Pois é… A Estudante de Turismo da UnB Liandra Martinelli fez isso!!! Ela pegou uma segunda-feira e foi com amigas para lá! Olha a crônica que ela fez para inspirar outros descobridores aqui do blog!!!

“Eu me senti muito bem quando quebrei o protocolo da minha segunda-feira, uma segunda-feira qualquer, rotina presente, café, faculdade, casa e tudo de novo. Seria um dia qualquer, se não fosse pelo convite recebido um dia antes “e aí? vamos pra cachu?”.
Segunda, então, cachu. Acordar cedinho para não seguir o roteiro das segundas-feiras de sempre. A segunda de costume se torna uma viagem, na qual o capitalismo ficou em casa curtindo o ócio. Uma viagem com direito a mapa, perguntas para pessoas aleatórias dentro do ônibus e o sentimento de “será que estamos indo para o lado certo?”.
Parece que estou falando de um destino distante, mas a cachoeira do Tororó fica perto do centro que é Brasília. É engraçado perceber que somos as únicas, no mar de gente da rodoviária às sete da manhã, que estamos fora do comum de um dia de semana normal.
Ser turista da própria cidade
De mochila nas costas e tênis de corrida, ao entrar no ônibus, me sinto turista. Olhar para nossa própria cidade com olhos de visitante à muda completamente, a percepção é diferente, da janela do ônibus da ida à janela da volta, e no meio, uma rota com novos ares.

As mudanças de assunto da água pro vinho, sem explicações até o momento. Percebo que é assim que são as conversas, os assuntos apenas surgem, assim como surge o olhar de turista em uma moradora local, que se desvia da sua rotina segundafeiriana e passa a experimentar a cidade de outra forma.
Seguindo a nossa rota, descemos em uma parada que beira à rodovia principal. Eu poderia dizer que estávamos no meio do nada, mas a definição de meio do nada pode ser alguma coisa, estaríamos então, no meio de alguma coisa?
O que encontraram pelo caminho
Sorte nossa que o mapa existe, diferente da internet naquele local. Foi trilha atrás de trilha, a da rodovia até a entrada e da entrada até a Cachoeira do Tororó. De repente, um homem. Como mulheres, é difícil deixar o medo de lado quando vemos um homem vindo em nossa direção, infelizmente.
Logo nos olhamos, com a sensação de que, caso o tal homem viesse a tentar algo, já tínhamos pensamentos relacionados a nossa defesa, um tanto quanto paranoico, eu sei, mas é, na verdade, preocupante.
Ele passou direto, um alívio perceptível de nossa parte, o que não passou direto foi nossa troca de indignação sobre a ideia real de que as mulheres vivem com medo, em qualquer lugar, um medo estranho que se dá através da cultura intrínseca do machismo na sociedade, um medo difícil de explicar para quem nunca sentiu na pele.
Algo no caminho interrompeu o nosso assunto, uma Caliandra, da qual não vou esquecer tão cedo, porque, como boa turista, tirei fotos, claro, mas além disso, porque não é sempre que uma borboleta amarela pousa em uma Caliandra na exata hora em que eu falo “ela poderia pousar na flor, só para uma foto”, e eu tenho a foto.

As recompensas da Cachoeira do Tororó
Agradecemos ao Cerrado assim que escutamos o barulho das quedas d’água e a beleza da paisagem ali presente, um lugar cheio de vida, que facilmente ficaríamos horas e horas somente apreciando e dando uma de flaneur na natureza.
A segunda, agora, é nova. É a segunda sem rótulos de “dia comum” ou “não é dia de sair”. A ressignificação de espaço já é realidade, a ressignificação de dias da semana, seria uma novidade? Em uma manhã de segunda-feira eu fui moradora e turista, seja na idealização de uma saída para a cidade, com rumo mas sem objetivo, que não aconteceu mas foi tudo relatado nos mínimos detalhes, ou, pela experiência de uma saída com rumo e objetivo que, também deu no que falar”.

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2 comentários
Por que você tá usando fotos de outras pessoas sem dar crédito???
Oi, Ana! Importante sua preocupação. Tem alguma foto que não é autoral? Te mandei e-mail.