Há cinco dias, fascinada por grandes redes de fast food agora terem bons pratos vegetarianos no cardápio, comprei alguns hambúrgueres vegetarianos, comi e descrevi sobre cada um deles no meu blog.
Foi só eu publicar esse post num grupo de vegetarianos para ser trucidada. Falaram que eu era vendida por defender fast foods e marcas que matam animais, que eu deveria era usar meu blog para “meter o pau” em todas elas. Parei de ler para não me abalar mais com o que veio de xingamento.
Como boa parte das pessoas que são atacadas nas redes sociais, reclamei que esses ataques são de xiitas. Fiquei p da vida e estava defendendo meu ponto de vista mais por raiva de quem falava o contrário do que por realmente pensar no que estava falando.
Comunicação não-violenta
Só que aí veio o amor. Fui falar sobre isso com um amigo, minha mãe e minha irmã. E, sem me atacarem e entendendo o que eu queria inicialmente com minha postagem, me fizeram ver que, apesar de minha boa intenção aquele post não foi exatamente uma boa ideia.
Apesar de estarem “pensando nos vegetarianos” aquelas marcas estão se apropriando de um discurso que nunca foi delas. Continuam com práticas ruins, como pagar salários baixos, diminuir a diversidade, fortalecer a pratica de matança de animais e não usar orgânico.
Uai… não fui eu quem passei anos sem comer em locais assim por tudo isso? Não sou eu que só publico sobre alimentos orgânicos, pequenos negócios e desenvolvimento sustentável?
Para manter o diálogo
Caí na real graças a pessoas que falaram com amor comigo. Por isso, decidi escrever esse post. Primeiro, para falar que vacilei ao publicar o post. Segundo, para reforçar que se a gente quiser mudar algo ou convencer alguém de alguma coisa, tem que ser com amor.
Criticar o que ela está falando só vai afastar essa pessoa de você e dos ideais que você acredita. Não vai ter debate, construção, nada do tipo. Só ódio e polarização.
Por fim, não vou “meter o pau” em marca ou coisa alguma. O blog continuará sendo um espaço para divulgar o que eu acho legal. Isso porque acredito piamente numa frase que li no livro Economia Donut e que tem norteado minha vida nos últimos meses:
“Você nunca muda as coisas combatendo a realidade existente. Para mudar algo, construa um modelo novo que torne o modelo existente obsoleto”.
Esse mês posto uma receita de hambúrguer vegetariano caseiro que eu amo! Beijos.
3 comentários
Você demonstra uma sensibilidade nata para viver a vida, incluindo o desafio de se compreender e de compreender os outros. Muito lindo ler seu relato tão sincero sobre errar, compreender através do amor e compartilhar o que ficou de bom. Porque viver não é fácil, mas não precisa ser difícil! Gratidão pelo exemplo… muita admiração por sua pessoa e por seu jeito gostoso de estar neste mundo doido, rsrs. Já te falei que seu nome te define: Bárbara!🥰
Claudiane, que felicidade acordar e ler essa mensagem! Você resumiu tudo. Viver não é fácil, mas não precisa ser difícil. Obrigada pela conexão. = )
Babi, parabéns pela coragem de pedir desculpas! Isso demonstra humanidade. E é assim que tem que ser. Com frase de fechamento apoteótica! Você é demais!!!