Hoje o texto é da mãe mais inspiradora do meu insta, a Luciene Cruz!!! Pirei quando vi as fotos delas com a pequena Beatriz em vários lugares diferentes. Pedi que ela contasse um pouco dessas aventuras e veio um relator para encorajar pais e mães desse Brasil! Dá uma olhada:

A convite da querida Bárbara Lins, vim aqui dar meu depoimento sobre como foi viajar para Fernando de Noronha, com nossa filha Beatriz, na época com 1 ano e 3 meses.
Como vocês ainda não me conhecem, deixa eu me apresentar. Me chamo Luciene Cruz, sou jornalista, casada com o também jornalista, Leandro Alarcon, e nossa maior paixão na vida, além da nossa bebê, é viajar. Desde que nossa pequena chegou, continuamos as nossas aventuras, agora sob novo olhar e novo ritmo.
Fernando de Noronha está entre os destinos do sonho de muitos, muitos turistas. Os altos preços da ilha adiam um pouco os planos. Mas quando vi promoção de passagens, não pensei duas vezes. Comprei as passagens e pronto.
Lá fomos, eu, marido e bebê curtir uns dias no paraíso. Sempre que falávamos o destino das férias para amigos e familiares a preocupação não era sobre os valores, mas sim, se iríamos levar a bebê? Nossa resposta sempre a mesma. Com certeza.

Estive na ilha pela primeira em 2010. Confesso que apesar de ter ficado uma semana, lembrava pouco. Além da beleza inigualável, só os altos preços permaneceram em minha cabeça. Lembro da estrutura ser relativamente simples, mas nada que impedisse curtir com nossa bebê.
Desde que a Beatriz nasceu, ela acumula algumas milhas rodadas por esse mundão. E nossa pequena viajante sempre foi nossa grande parceira. Hoje, ela está com 1 ano e 9 meses e ainda não viajamos sem ela. Levá-la, foi sem dúvida, uma decisão muito acertada. Ela curtiu muito, cada um dos nove dias que passamos por lá. E nós também.
Praias
Esqueça aquele modelo de praia com quiosques, cadeiras, guarda-sol e ambulantes gritando. Em Noronha, tudo é diferente. Vendedores não são permitidos. Na maior parte da praias não existe infraestrutura. Isso significa que muitas vezes será necessário levar o mínimo de aparato. Nada que canga, chapéu, lanche e protetor solar não resolva.
Em poucas praias existem quiosques e aluguel de cadeiras. As praias que fazem parte do Parque Nacional Marinho, possuem Postos de Infornação e Controle (PICs). A estrutura conta com lanchonete, chuveiro, banheiros e loja de souvernis.
Explicada a logística da ilha, fica mais fácil entender que viajar com bebê para Noronha é totalmente possível e recomendado. De algumas praias era possível ver tartarugas, raias, tubarão e algumas espécies de peixes, da areia mesmo. Um verdadeiro aquário a céu aberto.
E assim fomos fazendo nosso roteiro. Conhecendo as praias tranquilamente, sem pressa e no nosso ritmo. Porto, Sueste, Meio, Boldró, Cacimba do Padre e Conceição foram as nossas favoritas. Também estivemos nas praias de Porcos e, claro na Sancho, a mais famosa da ilha. Com ergobaby foi bem tranquilo chegar com a nossa pequena nelas.
Na praia dos Porcos, o caminho é pelas pedras. Enquanto Sancho é conhecida pela descida pela fenda das rochas. Mas coladinha ao papai, a pequena também conseguiu curtir o lugar.

Taxas
Tem filhos? Quer ir para Noronha? Aproveite enquanto são pequenos. Até os quatros anos, crianças são isentas das duas taxas obrigatórias do arquipélago. A primeira, a Taxa de Preservação Ambiental, é obrigatória para simplesmente pisar na ilha (com exceção de quem estiver a serviço do governo, fazendo pesquisas científicas, visitando parentes ou outras condições especiais). O valor é de 68,74 por dia, por pessoa.
A outra taxa é para entrar no Parque Nacional Marinho, que inclui várias praias e trilhas que você muito provavelmente vai visitar, como a Praia do Sancho, a da Atalaia e a Baía do Sueste. Ela custa hoje R$ 99 para brasileiros e R$ 198 pra estrangeiros. Vale por 10 dias.
Passeios
O mar de Noronha atende todos os tipos de público, de acordo com a época do ano. O mar varia entre calmo, do estilo piscininha, até com ondas de cinco metros de altura. Para crianças, a melhor época é entre agosto e outubro. Nós fomos final de setembro.
Infelizmente, demos a falta de sorte de entrar um “swell” na ilha, o mar não ficou tão piscininha como o usual para época, mas nada que estragasse a aventura. Em português, swell significa “ondulação”. As ondulações são formadas por tempestades em alto mar, que consequentemente vem em direção da costa e formam ondas. O que deixa o mar mais mexido e menos cristalino.
Nossa estreia na ilha foi no passeio de barco. Fechamos o passeio privativo. A ideia foi a mais acertada de todas. Ficamos muito à vontade, só nós três, paramos o barco, mergulhamos. Vimos o pôr do sol. Tudo no nosso tempo. Bia foi a xodó dos comandantes e brincou muito no barco. Nem parecia que estava em alto mar. No passeio estava incluído churrasco. Foi demais. Super indico. Fechamos com a Noronha Prime.

Nos mergulhos de cilindro, houve revezamento por nossa parte. Marido foi em um dia e a mamãe aqui foi em outro. Escolhemos a empresa Águas Claras. Eles mandam transfer que nos busca no hotel. O passeio dura um período. Como a embarcação vai para alto-mar, não é indicado para os pequenos. Crianças a partir de dez anos podem fazer o mergulho de batismo.
Nessa modalidade, o instrutor fica junto durante todo o mergulho.
Outro passeio que é lindíssimo, mas só aceita crianças a partir de quatro anos é a canoa havaiana. A embarcação milenar famosa na Polinésia permite contemplação paradisíaca do arquipélago. Enquanto o papai foi remar, mamãe ficou curtindo a praia do Porto com a pequena. Praia do Porto é super kids friendly O passeio dura em média duas horas. Vale muito à pena. Os golfinhos foram ao lado da canoa. É imperdível.
Transporte
Depois da Bia, nosso ritmo de viagem ficou muito diferente. Agora não é só a minha vontade e a do marido que contam, mas sim a dela. Ela tem prioridade sobre o tempo. Para deixar esse ritmo tranquilo, optamos por alugar um buggy. Tudo também foi feito pelo intermédio da Noronha Prime. Pegamos e deixamos nosso companheiro de aventuras no aeroporto da ilha. E com ele, ditamos o ritmo para conhecer cada beleza do arquipélago.

Por esse motivo, decidimos não fazer o famoso Ilha Tour. Um dos mais conhecidos passeios para conhecer os principais pontos de Noronha em um dia. Optamos por fazer uma ou duas praias por dia. Com o nosso buggy e respeitando o tempo da nossa pequena viajante.
Além de curtir as praias, aproveitamos o transporte próprio para assistir o pôr-do-sol cada dia em um lugar diferente da ilha. Alguns dias, ficávamos simplesmente curtindo a piscina do hotel e depois íamos nos despedir do dia de maneira especial.

Espero ter conseguido expressar em palavras como foi especial visitar Noronha com nossa filha. Então, se tiver oportunidade de levar suas crianças para conhecer o arquipélago, não pense duas vezes.
Tenho certeza que você nunca vai esquecer essa viagem!
Para continuar acompanhando as viagem dessa família inspiradora e ver outros destinos onde é possível levar crianças, é só clicar aqui!
2 comentários
Olá Bárbara, sobre o post da Luciene Cruz sobre levar crianças para Noronha, estamos planejando a nossa ida para Junho. Nosso pequeno terá 1 ano e 6 meses. Já conhecemos a ilha, mas foi em 2012 e era nossa lua de mel. Minha preocupação maior é com alimentação do pequeno, como a Luciene resolveu essa questão? Levou comida congelada? Contou com os menus dos restaurantes da ilha? Ou cozinhou lá durante a estadia?
Será que pode me ajudar com essas dúvidas?
Desde já meu muito obrigado!
Wiliam, acabei de perguntar!!! Ela disse que sempre leva a marmita dela por costume. Que os restaurante lá dão conta do recado. Mas que ela levava as marmitinhas para os dias. Esquentava no hotel e levava no pote térmico para praia. Espero ter ajudado.
= )