Brasília, 07 de abril de 2017
Em breve tiro quinze dias de férias e ainda não tenho rumo certo. Agora a pouco fechei os olhos e me perguntei para onde queria ir. Nenhum destino me veio à mente. A primeira coisa que me ocorreu e que desejei ardentemente foi passar esse tempo em uma casa confortável e aconchegante. Nada grande ou suntuoso que vá me deixar perdida lá dentro. Uma casa com varanda, de preferência com quintal, flores e algumas árvores frutíferas.
Já me imaginei em uma cozinha bem acolhedora. Quero passar um bom tempo lá fazendo minhas comidinhas com o que comprar na feira e no mercadinho da cidade. O quarto tem que ter janelas amplas, quero acordar, abrir as cortinas e apreciar sem pressa cada momento daquele novo dia de folga. Essencial que tenha espaço para rede, minhas sonecas depois do almoço precisam ser embaladas num vai-e-vem descompromissado.
O ideal é que ela tivesse vizinhos simpáticos. Perto o suficiente para ouvir um socorro, longe o suficiente para não reclamar da música. Que tivesse próxima de belos atrativos naturais para uma trilha, um banho de cachoeira, um mergulho na praia, um banho de rio ou uma meditação entre as árvores. Essencial que tenha trilha sonora de pássaros pela manhã.
Seria interessante que fosse perto de uma cidade levemente agitada para que quando quisesse ir ao cinema, teatro ou mercado pudesse ir sem maiores dificuldades. Mas que ficasse num lugar sossegado, onde não precisasse me preocupar em ser assaltada no meio da noite. Onde câmeras e cercas elétricas ainda não sejam itens indispensáveis.
Fechando os olhos e imaginando essa casa, percebi que o que quero é fingir por um tempo que tenho outra vida, onde o horário do relógio não seja mais importante do que o biológico, onde eu possa desfrutar da natureza, onde eu tenha tempo para ler, para refletir, para curti o ócio. Onde eu não fique neurótica me perguntando se fechei todas as portas, se tranquei todas as janelas, se entrei no carro correndo e já liguei a ignição. Onde as coisas tenham seu tempo e façam mais sentido.
Fechando os olhos percebi também que é um perigo eu conseguir essa casa e nunca mais voltar pro meu apartamento. Mas… o que é a vida sem riscos??? Se você souber onde encontro uma casa assim, favor mandar mensagem inbox!
2 comentários
Prezada Barbara Lins, referente ao post PROCURA-SE UMA CASA, eu vi algumas casas em MG – Extrema que tem essa característica de vista do próprio quarto.
São casas normais, não é hotel, não é pousada, casa mesmo, para alugar ou comprar.
Nessa região onde eu estive não era tão alto assim como apresenta nesta foto, mas a paisagem infinita de campo é exatamente a mesma.
Sensacional.
Uau! Adorei a recomendação. Já dei uma pesquisada no Google e vi a cidade, além de charmosa e bem interiorana, tem várias rotas turísticas interessantes!
Valeu, mesmo!!!!