Acabei de assistir ao filme Rocketman, que conta a vida do Elton John. Entre tantas cenas belíssimas, decidi escrever sobre uma das que mais tem a ver com o que busco atualmente. Não se preocupe! Não tem spoiler, essa cena tá até no trailer.
Nela, um cantor de soul fala para Elton John, que na época ainda usava seu nome de batismo Reginald Dwight, “É preciso matar quem você nasceu para ser, para poder construir aquele que você quer ser”.
Na hora em que ouvi isso, lembrei de uma palestra que dei esta semana com outras seis mulheres incríveis e falamos exatamente disso!!! Foi um evento que faz parte do NASA Space Apps Challenge, um hackathon promovido pela agência espacial norte-americana.

A importância de reescrevermos nosso personagem
A ideia era contarmos um pouco da nossa trajetória e durante uma das falas, foi levantada a importância de aprendermos a reescrevermos nossa história. Contamos como é mais cômodo seguir a vida que nos é planejada, por pais, amigos, professores, comunidade. Como muitas pessoas continuam nessa “zona de conforto” porque pensam que mudar é a coisas mais difícil do mundo.
Mas vou te contar…. Parece a coisa mais difícil do mundo, mas não é. Seguir a vida que num lugar que não é o nosso, onde não nos reconhecemos isso sim é uma das coisas mais difíceis e dolorosas da vida. A gente sabe bem de confortável a “zona de conforto” não tem nada.

Em nenhum momento, nenhuma de nós disse que foi fácil mudar. Mas dissemos que o que estávamos vivendo ao mudar, recompensa o esforço. Foi lindo ver que o que nós todas tínhamos em comum era o desejo de enfrentar o que fosse para tentar descobrir o nosso lugar.
Para algumas, isso significou desagradar os pais, para outras, largar os antigos amigos, para três delas, abandonar os antigos empregos. Para mim, tem significado aprender a deixar pra trás uma série de certezas.
Algumas dessas certezas moldaram minha vida inteira, me fizeram ser quem eu era. Por isso, a frase do filme me marcou tanto. É preciso me matar, para construir quem eu quero ser.
E vou ser bem sincera. Eu não tenho lá muita certeza de quem eu quero ser não. A única coisa que sei é que não quero mais ser a Bárbara de 5 anos atrás e nisso tenho trabalhado.
Independente se eu vou achar ou não, o que tenho visto neste tempo é que é muito melhor onde estou hoje. Prefiro estar cheia de dúvidas minhas do que repleta de certezas de outros.
Outra coisa… Esse caminho de descobertas tem sido delicioso!
Para encerar, vamos de cartola!!!! Vamos por aí a procurar sorrir para não chorar!!!!